Hospital é referência em pré-natal de alto risco na macrorregião
O Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, 28 de maio, vai além de números e convida à reflexão sobre vidas silenciadas quando novos ciclos deveriam começar. São pessoas que sonhavam com a maternidade, famílias em formação e trajetórias interrompidas. Nesse contexto, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) concretiza, nos 45 hospitais que istra, ações voltadas à qualificação contínua das equipes, ao uso de práticas baseadas em evidências e à ampliação do o ao cuidado seguro e humanizado — desde o pré-natal até o pós-parto.
O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), istrado pela Ebserh, integra o grupo de 25 hospitais universitários da Rede Ebserh que participam do Projeto de Fortalecimento do Cuidado Obstétrico e Neonatal. A iniciativa é desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e busca qualificar os hospitais como referências no cuidado obstétrico e neonatal, com base nos “10 os para Redução da Mortalidade Infantil” e “10 os do QualiNeo”.
“Iniciamos as teleconsultorias dos nossos profissionais com os obstetras da rede, tanto em gestação de baixo quanto de alto risco. Estamos melhorando o acolhimento das gestantes no Pronto Socorro e aprimorando a classificação de risco, além de organizar um plano de redução de partos cesarianas. Também fazemos treinamentos constantes com as equipes médica e de enfermagem no atendimento das principais urgências obstétricas. Além disso, já se iniciou a reforma do Hospital da Mulher, com a construção do Centro Obstétrico, que dará mais conforto e segurança às gestantes em trabalho de parto”, salienta a chefe da Unidade de Saúde da Mulher no HC-UFTM Rosekeila Simões Nomelini.
Referência regional – O HC-UFTM é referência em pré-natal de alto risco na macrorregião Triângulo Sul de Minas Gerais, realizando o atendimento ambulatorial em pré-natal de risco habitual e de alto risco. O HC-UFTM acompanhou quase três mil gestações de alto risco, além de 1.564 pré-natais de risco habitual, no ano ado (2024). O hospital conta com o Comitê de Mortalidade Materno-Infantil, que identifica os óbitos ocorridos e os classifica enquanto preveníveis e não-preveníveis e propõe ações de orientação, de esclarecimento e identifica a necessidade eventual de treinamento nos setores para redução da mortalidade materno fetal infantil.
No Brasil, as principais causas de morte materna são classificadas como diretas (que resultam de complicações durante a gestação, o parto ou o puerpério): síndromes hipertensivas, hemorragias, infecções puerperais e complicações decorrentes do aborto. Conforme os dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a cada dia, em 2023, cerca de 712 mulheres morreram em todo o mundo por complicações relacionadas à gravidez ou parto. Em 2023, foram estimadas 260 mil mortes de mulheres durante ou após a gravidez e o parto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a morte materna como o óbito de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o parto, por causas relacionadas à gravidez ou ao atendimento recebido. Apesar da redução de 40% na mortalidade materna global entre 2020 e 2023, os números ainda são altos. A meta global, estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), é reduzir a taxa de mortalidade materna para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030.
Rede Ebserh – O HC-UFTM faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, istra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.