Acidez Urbana por François Ramos & Leilane Vieto

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Nada definido
Apesar de prevista para acontecer no último dia 20/4, não houve a definição de quem será o pré-candidato a prefeito pelo grupo formado no ano ado por Tony Carlos, Paulo Piau e Franco Cartafina para enfrentar a prefeita Elisa Araújo nas urnas este ano. Aliás, como já antecipado pela coluna “Acidez Urbana!” em outras oportunidades, não será nenhuma surpresa se esta aliança chegar ao fim bem antes das eleições.

Direita
Crescem as especulações acerca da aproximação entre o ex-deputado federal Franco Cartafina e o pré-candidato a prefeito pelo Partido Liberal (PL), Samir Cecílio Filho. Muitos acreditam que ela pode ser determinante para uma mudança nos rumos da disputa eleitoral que se aproxima. Proposta para se juntar ao grupo da direita uberabense já foi formalizada e o próprio Samir confirma confirmou que aguarda um posicionamento definitivo do ex-parlamentar que ainda compõe a coalizão anunciada com Tony Carlos e Paulo Piau.

           Arte: François Ramos

Tô nem aí!
Por falar em PL, a presidente da sigla em Uberaba e pré-candidata a vereadora, Ellen Miziara, afirmou que a pré-candidatura de Anderson Adauto a prefeito não preocupa nem um pouco. Segundo ela, “deve ter pelo menos umas 3 eleições o sr. Anderson Adauto coloca seu nome como pré-candidato, mas chega na hora do vamos ver, ele não vem, pois continua inelegível devido à lei da ficha limpa, entre outras coisas”.

Tô fora
Para Ellen Miziara, o eleitor uberabense não está mais afim de viver de ado. Além disso, o possível pré-candidato da esquerda uberabense seria réu confesso e aliado do presidente Luiz Inácio Lula: “O modus operandi é o mesmo. Um está quebrando o Brasil, o outro quer voltar para terminar de quebrar Uberaba”, arrematou ela.

Preferido
Anderson Adauto, se consumar sua pré-candidatura, atende a pedido do próprio presidente Lula, de quem foi ministro dos Transportes. No final do ano ado, AA declarou ter recebido do chefe do Executivo nacional uma “convocação” para participar do processo político em 2024, e que, diante deste fato, não teria como recusar o seu chamamento. Contudo, sua candidatura ainda depende da resolução de pendências judiciais que, neste momento, a inviabilizam.

Aliança
Não se pode negar que Anderson Adauto colhe frutos constantes da boa relação que tem junto ao governo federal. Aliás, ele é o principal interlocutor entre a istração local e o presidente da República nas tratativas para viabilização do gasoduto em Uberaba, o que se dá por meio do grupo de trabalho do “Programa Gás Para Empregar”.

   Foto: Reprodução/Instagram/@andersonadauto

Forte
Inegável que a força política de Anderson Adauto junto ao governo Lula e a história política que construiu ao longo de décadas como mandatário (deputado estadual, deputado federal, prefeito) o transformam em um nome que pode mudar todo o cenário eleitoral caso sua candidatura se efetive. Teme-se inclusive por uma debandada entre os aliados da prefeita Elisa Araújo, que concorrerá à reeleição.

Difícil
Apesar da força individual contemplada em nomes como Anderson Adauto, Tony Carlos, Samir Cecílio, Paulo Piau e Franco Cartafina, a inconsistência dos grupos, a falta de pluralidade e a polarização presente nas composições partidárias já anunciadas fortalecem dentre os especialistas políticos da cidade uma frase recorrente: “Elisa só perde para ela mesma”!

Então
Essa perspectiva, que ainda não é incontroversa, aponta para a existência de um cenário em que, não havendo um completa reconfiguração e reorganização da oposição, a primeira mulher a se tornar chefe do Executivo municipal depende apenas das estratégias políticas que adotar e da entrega de resultados por sua equipe de governo, para permanecer no cargo por mais quatro anos. O credenciamento do Geoparque de Uberaba pela Unesco será um de seus grandes trunfos junto ao eleitor, mas não é só.

Discreta
De postura inicial discreta, a prefeita Elisa Araújo deixou o Solidariedade, mas não perdeu o apoio do seu partido. Ela disputará a reeleição pelo PSD, dos vereadores Ismar Marão (Polícia Civil), Anderson 2 Irmãos e Pastor Eloísio. A sigla conta ainda com o ex-ministro da Agricultura (do governo Jair Bolsonaro) e ex-prefeito de Uberaba, Marcos Montes Cordeiro.

    Foto: Divulgação/PSD

Aliados
Dentre os vereadores, a prefeita Elisa Araújo encontra importantes aliados. Samuel Pereira, por exemplo, trocou o MDB de Tony Carlos, sigla pela qual se elegeu, pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira), devido à lealdade e apoio declarados inúmeras vezes à chefe do Executivo. Não foi diferente com o vereador Cabo Diego, que teve sua filiação ao PL inviabilizada pelo desejo de caminhar com a prefeita, seu destino foi o DC (Democracia Cristã).

Alerta
Porém, com a maturidade que adquiriu ao longo de seu primeiro mandato, Elisa Araújo sabe que não pode contar apenas com o apoio da forte base aliada que possui na Câmara Municipal para evitar os contínuos desgastes na Saúde e na Educação, o que pode prejudicar sua campanha. Mudanças e aperfeiçoamento na gestão tem sido pauta contante nas reuniões com integrantes do primeiro e segundo escalão.

Vices
No contexto da corrida eleitoral, outra definição aguardada é quanto aos nomes que serão apresentados como pré-candidatos a vice-prefeito, o que é claro depende das composições partidárias. Os escolhidos devem trazer consigo pelo menos um dos seguintes requisitos: 1) votos, 2) ampliação significativa da base de apoio, ou 3) dinheiro. Claro que a inexistência ou um baixo índice de rejeição também é fundamental.

Especulação
As especulações, por enquanto, já apontaram a no momento pré-candidata a vereadora pelo PT, Patrícia Melo, e a vereadora Rochelle Gutierrez (PDT), como potenciais vices para Anderson Adauto. A professora Maria Abadia, o empresário Miguel Faria (River auto peças) e o vereador Almir Silva (Republicanos) aparecem cotados para compor chapa com Elisa Araújo. A aproximação intentada por Samir Cecílio permite cogitar Franco Cartafina como possibilidade.

Frase
“Dizem que política, futebol e religião não se discute. Mas, convenhamos: se fosse investido em educação familiar e sistemática, os três assuntos citados poderiam facilmente ser debatidos sem intolerância.”
(L. L. Santos)

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